TOPUS Journal
Space, Literature and other arts
  
ISSN
2448-2978

Qualis B3
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    Vol. 04 - Nº 01 - 2018

VIAGENS, LITERATURA DE VIAGENS E REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO ESTUDO DE APLICAÇÃO: O DOURO VINHATEIRO NOS GUIAS DE VIAGEM ESTRANGEIROS DOS SÉCULOS XIX E XX (1845-1974)
Isabel Oliveira; Didiana Fachada Fernandes | 74-92

Neste estudo procura-se abordar e analisar algumas modalidades de entendimento da paisagem vinculadas a práticas de viagem de diversa índole em particular, na construção de uma paisagem histórica e de uma imagem da organização humana no passado. Alguns autores defendem que a literatura de viagens tem sido, ao longo dos séculos, tão popular como qualquer outro tipo de literatura, sendo, no entanto, muitas vezes negligenciada. Ao longo dos tempos este género tem sido utilizado como fonte de informação, tendo proliferado, nos últimos anos, os estudos sobre a viagem e sobre a perceção da sua relevância para o conhecimento das atitudes mentais perante um dado espaço geográfico, social e cultural. Neste trabalho procura-se a representação do espaço de viagem com uma sumária incursão pelos trilhos da multidisciplinaridade no estudo do Espaço, que se situa entre campos diversos, onde se procura compreender como se constrói uma imagem de um espaço que vem ocupar um lugar de destaque. Será que poderemos falar em transformação do espaço e da cultura? Para nós o que é mais pertinente é o facto de os espaços de representação estarem associados ao vivido, porque, no fundo, o que desejamos apreender é a representação de um espaço através de fontes do passado – os guias de viagem que geram “espaços guiados” de estereótipos que fazem parte de uma identidade nacional ou regional e que são refletidos em informações textuais. Como podem os guias de viagem funcionar como fontes de estudo? Serão credíveis? Será assim que, em busca de um quadro teórico, se abordam e analisam as particularidades destas fontes. Os guias de viagem sugerem a escolha de caminhos e destacam objetos, para que os visitantes se concentrem no fundamental. Partimos, pois, do princípio de que, estas obras, apesar do carácter redutor, que muitas vezes lhes é atribuído, podem apresentar uma ideia de como terá sido sucessivamente construída e transmitida uma imagem expectante dos lugares e das suas paisagens.


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Sexta edição da JOEEL
   
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