ALEGORIAS PESTÍFERAS: ESPAÇOS E CORES NOS CONTOS SOBRE PESTES DE JACK LONDON, EDGAR ALLAN POE E ANTÓNIO VIEIRA
Maria João Simões | 30-44
As pestes e as pandemias foram representadas por múltiplos escritores, que as configuram como alegorias literárias. De entre essas diversas ficções, escolhe-se abordar, neste estudo, os contos “A Peste Escarlate” de Jack London, “A Máscara da Morte Vermelha” de Edgar Allan Poe e “A Undécima Praga” de António Vieira, através de um enfoque comparatista que tem o intuito de realçar as similitudes e as diferenças das estratégias representativas utilizadas. Inicialmente, aborda-se a caracterização das alegorias literárias. Em seguida, analisam-se as configurações espaciais destas ficções e as suas relações com o mundo zero, bem como os elementos simbólicos com o objetivo de deslindar em que medida elas concorrem para o sentido alegórico. Por fim, explora-se o funcionamento da alegorese nestas ficções, no seu o jogo de cifração e decifração, capaz de conduzir o leitor para os sentidos estéticos e ideológicos implicados nestas alegorias.
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