POR ENTRE LUGARES E NÃO-LUGARES: O SUJEITO ERRANTE EM HOTEL ATLÂNTICO, DE JOÃO GILBERTO NOLL
Maria Suely de Oliveira Lopes | 96-105
Este trabalho tem por objetivo analisar o sujeito errante na obra Hotel Atlântico de João Gilberto Noll, a partir da história de um narrador-personagem que representa o sujeito pós-moderno em constante transição. O referido trabalho realizar-se-á a partir de uma abordagem bibliográfica; a narrativa é lida e analisada à luz das ideias de Stuart Hall (2005),) Auge(1994) , Santos(2004)dentre outros, que discutem as questões sobre lugar, não lugar e suas implicações para a construção da identidade na pós- modernidade como também da subjetivação do ser. João Gilberto Noll traz na narrativa de Hotel Atlântico (1995) um sujeito errante que vagueia por entre lugares e não lugares. O referido autor surge na contemporaneidade com uma linguagem marcadamente seca e fotográfica a focalizar personagens que representam o desassossego, o esfacelamento, a solidão, próprios do homem em conflito com o seu tempo. Sua escrita é marcada pelo esvaziamento das relações e pela fragmentação do sujeito que compõem um não-lugar do vivido e do imaginado. Em Hotel Atlântico, o protagonista-narrador anônimo vive a condição de desenraizamento que o torna um sujeito andante seja no espaço geográfico e psicológico.
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