O ESPAÇO POLISSÊMICO: UMA LEITURA DA NARRATIVA “RETÁBULO DE SANTA JOANA”, DE OSMAN LINS
Rosangela Vieira Freire; Risonelha de Sousa Lins | 20-30
Osman Lins, herdeiro da austeridade formal flaubertiana, tece narrativas desestabilizantes, cujos sentidos rompem com as expectativas do leitor, oferecendo uma multiplicidade de vozes dentro de espaços internalizados que assumem um valor semântico na constituição dos seres sociais que nele se localizam. “Retábulo de Santa Joana”, uma das mais intrigantes narrativas de Nove, novena, apresenta espaços físicos e simbólicos que se enlaçam e se entrelaçam em função de uma polissemia de sentidos que nos induz a mergulhar nessa montagem emblemática de vozes que situam seus conflitos, atribuindo-lhes uma dimensão cósmica. Para suporte teórico, seguiremos os estudos bakhtinianos, os desenvolvidos por Borges Filho e os do próprio Osman Lins.
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