RELAÇÕES LÍQUIDAS DO CAPITALISMO PÓS-MODERNO NA DRAMATURGIA CARNE VIVA
Renato Forin Junior; Sara da Silva Khalil | 11-16 https://doi.org/10.29327/2402731.9.2-2
comunicação analisa a peça “Carne viva”, reescritura de Renato Forin Jr. (2022) para a dramaturgia “Fé amor esperança” (1932), do austro-húngaro Ödön von Horváth. A peça evidencia a persistência e a radicalização dos processos de reificação da vida desde o período entre guerras. No atual capitalismo financeiro, as contradições de base histórica permanecem sob um invólucro de cinismo e crueldade, tal qual nos regimes totalitários de outrora. A dramaturgia utiliza metáforas, como a das águas gélidas no suicídio de sua protagonista, a passagem rápida das estações ou a fragmentação formal para materializar a liquidez e efemeridade. O trabalho busca identificar temas como a precarização do trabalho, a dialética da venda do corpo para a manutenção da vida, as bondades de aparências, as diferenças sociais, a truculência política, o consumismo e a necessidade da miséria para a manutenção do poder.
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