O CRONOTOPO DO CONVENTO EM A MONJA DE LISBOA, DE AUGUSTINA BESSA-LUÍS
Marilurdes Cruz Borges; Juliana Spirlandeli Batista | 01-17 https://doi.org/10.29327/2402731.9.1-1
A história da Monja de Lisboa se constrói e se reconstrói por meio de diferentes narrativas. Agustina Bessa-Luis revisita-a a partir de cronotopos dialógicos, promovendo uma nova possibilidade de leitura sobre a mística que envolve Maria da Visitação. Observar o cronotopo literário, segundo Bakhtin (2018), requer analisar a estrutura do enredo e o seu vínculo estreito com a história da cultura, conforme a narrativa é contada pelo autor-criador. O objetivo deste estudo é analisar como os diálogos concebem a personagem protagonista Maria de Menezes, a Monja de Lisboa, e significam e ressignificam o cronotopo do convento da Anunciada. A leitura e a interpretação são subsidiadas pela lupa teórica dos estudos bakhtinianos no que se refere aos conceitos de cronotopo, diálogo e autoria. A análise revela que a mística sobre Maria da Visitação está no grande tempo, que aparece nos diálogos e nos cronotopos dentro e fora do convento da Anunciada. São diferentes vozes ecoando ideologias que condenam e santificam a Monja de Lisboa.
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