POR QUE PENSAR O ESPAÇO? É POSSÍVEL ESTAR SEM SER?
Marise Gândara Lourenço | 16-25
RESUMO: propomos uma reflexão sobre a espacialidade ficcional, tendo como ponto de partida O lugar teórico do espaço ficcional nos estudos literários, de Marisa Martins Gama-Khalil (2010). Ao adotar este procedimento, colocamos em evidência a importância do referido artigo como instrumento para impulsionar a verticalização dos estudos deste elemento narrativo, ao mesmo tempo em que nos possibilita investigar a relação espaço-tempo no espaço do real e ficcional. Trata-se de um diálogo entre textos que se rompe num continuum, mesmo que provisório, e que está em consonância com a noção de exotopia de Bakhtin (2006). Concepção esta que se pauta no caráter dialógico, possibilitando desnudar as diferenças e tensões entre os presentes textos e chegar a um melhor entendimento do lugar teórico do espaço. Ao longo de toda a escrita, apresentamos, gradativamente, respostas plausíveis (afirmativas ou interrogativas) para impulsionar o pensamento sobre a primeira parte do título deste artigo, que se configura na indagação: por que pensar o espaço? Ao final de nosso périplo teórico, percebemos que o fato de o homem criar coisas, objetos, gerar a si mesmo e ser finito, leva-nos a crer que o estar que é provisório e todo impregnado de incertezas é condição de ser.
PALAVRAS-CHAVE: espaço Ficcional; Tempo; Movimento; Estudos Literários.
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