O ESPAÇO POÉTICO DA SAUDADE EM ANTÓNIO NOBRE REVISITADO POR LEONARDO COIMBRA: UMA LEITURA CRIACIONISTA
Susana Rocha Relvas | 79-103
Problematizando o conceito de
cronotopo proposto por Mikhail Bakhtin, de
topoanálise, segundo Gaston Bachelard, de
fronteira, de acordo com Pierre Loti, com destaque,
de igual modo, para as noções de corpo e de lugar,
como as entendeu Marc Augé, e para o espaço
ontológico, segundo Heidegger, procuramos neste
trabalho traçar uma breve cartografia de Saudade,
tendo como objeto de estudo as linhas de força da
sua poética, conforme a concebeu Teixeira de
Pascoaes. Daí avançamos para a leitura criacionista
que Leonardo Coimbra, pensador da Renascença
Portuguesa, levou a cabo sobre a obra poética de
António Nobre, autor de referência para o
movimento saudosista. Ao refletir sobre o lugar da
Saudade na cultura e no pensamento portugueses
e, em concreto, sobre a sua representação nos
textos de António Nobre, Leonardo Coimbra
destaca o modo como espaço, tempo, memória e
transcendência se manifestam na lírica saudosa de
Nobre.
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